Dentre as pessoas que toparam a aventura de me receber para uma sessão de fotos, Antônia Chaves, dona da Casa Ateliê, foi uma delas. E eu morri de alegria, porque sempre adorei o lugar.

A casa e sua história se misturam à história da própria Antônia, filha da estilista cujas oficinas ainda funcionam no segundo andar do casarão preguiçosamente pousado sobre uma rua do bairro Santo Agostinho.

O lugar hoje abriga, também, um espaço de eventos, mas estando ali tudo que você menos percebe é essa vocação, porque parece mesmo que você está em casa. Uma casa deslumbrante, cheia de detalhes deliciosos de descobrir, pincelada na medida certa com um mobiliário art decó que deixa tudo ainda mais surpreendente e gera um efeito tipicamente fotográfico: interrompe o fluxo do tempo.

 

Deixada mais que à vontade para circular pela casa, fui me convidando para cada um de seus espaços, até alcançar a jóia da coroa: o quintal, uma ilha verde e quieta que terminou de me jogar para fora do tempo, fez crescer minha alma que, transmutada, virou passarinho e foi pousar nas árvores.

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