Júnia foi a primeira pessoa que me recebeu em casa para uma sessão de fotos.
Nunca havia me visto, mas mesmo assim respondeu ao convite feito pelo Facebook por uma amiga em comum. O convite, lindo como tudo que amigos fazem de coração, dizia:
PROCURA-SE UMA CASAAmiga Fotógrafa de olhar sensível e grande capacidade técnica busca casa para ser fotografada. O projeto busca pequenos detalhes com grandes significados , que serão captados por enquadramentos e perspectivas diferentes.
No dia marcado, cheguei ao endereço no bairro Sion, subi os poucos lances de escada pensando em como seria essa primeira experiência, com o coração acelerado e a cabeça à mil, simplesmente desejando conseguir corresponder, em fotografia, à generosidade dessa primeira acolhida. Havia um chá e biscoitos. Havia uma luz caprichosa. Havia um lar, daqueles de encher os olhos e esquentar o coração, tanto é o amor e o carinho que se sente ao entrar. E havia, também, um lugar lindo de se fotografar.

Ainda bem que levei a Paula Oliveira comigo, porque depois das apresentações e da conversa inicial, já com a câmera na mão, entrei em transe e sumi casa adentro, fotografando, fotografando, fotografando…
Adorei tudo que fiz na hora. Depois, ao editar, detestei tudo e lamentei aquele ângulo esquecido. Quando chegou a hora de publicar, já havia conseguido silenciar meu carrasco interno e fazer as pazes com esse trabalho tão importante, tão prazeiroso de fazer e tão encorajador.
Mas meu coração ficou mesmo em festa quando pude mostrar o resultado à Júnia em uma deliciosa noite de vinho e muita conversa (porque além de tudo, esse primeiro trabalho me rendeu uma nova amiga!), e ver pelos seus olhos brilhantes que sim, eu tinha feito um bom trabalho!
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